sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Poemas diversos: Viajei...

Viajei...


Viajei...
fui aos mais longínquos horizontes
Me joguei...
ao infinito canto do meu pensar

Me tornei
louco, insensato, indiscreto,
Isolei
a verdade da verdade em suave solidão

Sou cantor,
Sou poeta
Sou ator
Sou pateta

Caio
nas fugidias mágoas sentimentais
Me esvaio
aos suaves dilúvios penais

Lacaio
Sou de meus pés andantes
Se saio
A culpa não é mais dos instantes

O tempo passa
O tempo é tempo
O tempo já basta
À viagem ao vento


Silva, Rodrigo Barbosa

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Outros poetas

Aço e fogo



















Eu o aço...
Você meu fogo,
no abraço.
Sou resistente, mas
Me derreto com seu jeito
quente
inflexível... Às vezes
com seu calor
em suas mãos,
tangível...
Viga de sustentação
Porém demolida.
O seu olhar...
amolece meu
coração!


ღRaquel Ordonesღ

Direitos autorais reservados lei 9.610 de 19/02/98


QUER VER MAIS? DÊ UMA OLHADA:

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com/

Poemas diversos: Pirataria

PIRATARIA

Hoje em dia
O drama virou comédia
Qualquer demasia
É motivo de festa

Roubalheira no passado
Era devassidão
Hoje o que é errado
É mania em multidão

Será que estamos doentes?

Hoje em dia
O pecado é que manda
Onde está o amor?
Enfurnado às vendas?

Amor se compra?
Deve ser barato...
Vendido em qualquer qualquer
Achado em qualquer banca...

Por que dor
Rima com amor?
Deve ser o acaso
A governar tal absurdo?

O mais perverso está
No preço disso: "nada!"
Não há preço
O que há, não é!
E nem vemos isso...

Pirataria "desconhecida"
De onde isso veio?
Para onde vamos?
O não saber se torna letal

Dramático andamento
Caminho sem rumo
Vida de consumo
É verdade, consumimos amor..

Não há o que pasmar
O coração bate,
fazer o que?
Morrer por isso?

É irônico tal descuido
Não vai demorar muito
E a polícia vai prender
Quem amar, quem vender
Quem comprar, quem viver
É negócio, certo?

Não há verso que rime com isso...
Nem compreensão que pague...
Só os nossos olhos a ver tal "desgraça":
Amor à venda -> não tem preço...

Silva, Rodrigo Barbosa

Poemas diversos: Eu cresci

EU CRESCI

Não sou mais quem sou
Mas sou quem sou,
Sendo...
Como isso pode?

Era alguma coisa
Mas um dia perguntei:
Quem sou eu?
Não sei, não sei...

Como saber se nunca sou,
Mas sou?
Como isso pode?

Mudei, mudo, mudarei
Mas sempre serei
Como isso pode?

Passo no tempo
Sem entendê-lo
Como isso pode?

Loucuras à parte
Já não mais entendo
Mas tenho essência
Como isso pode?

Não era pra ser loucura
Mas um paradoxo me envolve
[Como isso pode?]:
Cresci...

Silva, Rodrigo Barbosa

Série das Óperas: Ópera do Lucro

Ópera do lucro

Surpreendente
Mas estou aqui
Sou platéia
Sou ator

Assisto, aceito
Um mundo perfeito
Ideais dos pequeninos grandalhões

Surpreendentes
Línguas soltas
Dedos doendo
De tanto apontar

A culpa é minha?

Parágrafo único:
- Todos nós devemos
esgotar-nos ao infinito
de nós mesmos: nada.

Que lei é essa?

Da oferta e da procura?
Do excesso sem censura?
Do egoísmo comunal?
De demasia atemporal?

Surpreendente...
Mar de gotas inefáveis
De prazeres incontáveis
De choros estridentes

Seria um consolo?

Acreditar que irão ler
Irão ver a vida
a ser o que é...

E...[...]

Olhe por um lado...
A culpa é sua!
É nossa!
Pois pisamos nesse chão.


Silva, Rodrigo Barbosa

Poemas diversos: Vertigem

Vertigem


Persegui os caminhos
Cosmopólios pensamentos
Lindezas lúcidas em vinho
Lunar em raio de vento

Persegui dor de cabeça
Confundi os meus olhares
Ela requer que eu esqueça
Dos meus humildes pesares

Optei por qualquer coisa
Qualquer coisa, eu sei...
Uns três pontinhos serenos...
Exclamação: a lei!

Optei por todas regras...
Compromissos des-regrados
À limites exaustivos
Em semblantes assustados.

Vertiginoso coração
Almada solução
Um nada em previsão:
A chuva em belo som.

Silva, Rodrigo Barbosa

Poemas diversos: Ossos secos

Ossos secos

Engatinha a humanidade
Cheia de pompa
Viciada em si

Demora os versos todos
Cadê a verdade?
Habita nos míseros cantos
Felizes por isso...

Miserável miséria
Obviedade séria
Fome, desastre
Descaso...

Aonde vamos parar?

Cânticos esperançosos
Anunciam a parada
Apocalípticos ossos
Bem secos, em nada

Nada de nada
Ápice sagrado
Imaginação
Energia real

Somos tão tolos...
Tarados por dinâmica
Findados por estadia...

Nossa casa, nosso lar...

Poemas diversos: Bolso

Bolso


Meu coração está no bolso
Eu o guardei para você
E quando estou escondido
Só a lua pode me olhar

E toda luz, bela luz
São belos rastros de bela certeza
Dualidade promíscua
Incinerante vento

Des-ritmo, destreza
Des-canhotice, desdenha
In-mar, In-Sol
In-praia, In-luar

Vou guardar no meu bolso
Meu ar também
Meu fumo, rumo
Fumaça a encantar

E o vício, meu vício
Minha dor, meu amor
Sede romântica

Me deixa eu beber
Do seu sorriso
Sonho teu eu quero ser

Assim vou viver
No paraíso
Num beijo seu a me conter.

Em belo solo descabido
Ilusão, eu sei, eu sei...
E num pudor proibido
Sem chão eu andarei.

Silva, Rodrigo Barbosa

Poemas diversos: Criatura Multi-fusa

Criatura Multi-fusa

Sou de areia, um pequeno grão
Jogado na praia
Alentado à vaia
Estrondoso som.

Por isso irrequieto
Me vejo levar
Por um vento discreto
Sem cheiro e sem ar

Vento bem conhecido
Maré imperfeita
Lua cheia de ilusões...

Sou trucidado
Partido ao meio
Em meio ao pecado

De onde isso veio?

Para onde vou?
Não sou submisso
Mas levanto vôo...

Vou voar e voar
E confuso estou voando
Mesmo cego, cansado
Me diz: qual é o seu plano?

Deus que é PAI
Filho e
Espírito Santo:
A trindade de amor...

Vem me dizer e dizer
E dizendo, o dito é...
É e pronto, somente fala
Por isso cala, e consente

Cala todos nós e...
Nos deixa falar por isso
Permite a razão de ser... ser!
Isso sem compromisso

Por isso que:

Mesmo em mar de cegueira
Mesmo em abismo profundo
Mesmo em dor, em tristeza:
Nesse amor acreditarei!

Até confuso, selvagem
Mesmo sendo com o mundo
Até longe da maior beleza:
Nesse amor acreditarei!

Silva, Rodrigo Barbosa

Poemas diversos: Súdita Luz

Súdita Luz

Onde a noite impera;...
A súdita luz da lâmpada
Permanece

Onde o tempo espera;...
O calor do filamento
Nos aquece

Onde o amor dilacera;...
A morte lânguida
A vida enlouquece

E assim a luz ali está
No simples brilhar
Esperando sua morte

Desta forma suave
Luminando os corações
“Abaixonados”

Nos toca tão de leve...
Nem a sentimos...
Mas é tão forte ao nosso olhar...

Por isso a luz ali está
Em seu simples brilhar
No seu fim, no apagar...

Silva, Rodrigo Barbosa

domingo, 13 de setembro de 2009

Poemas diversos: Maçante passagem

Maçante passagem...


...E pára o relógio
Em profundas estações
Estático, somente contando
A passagem do tempo

Relógio astuto!
Tic-tac em batidas
Sopradas ao vento
Dos sons o mais bruto

Em MHS, de lá prá cá
Indo ao mesmo lugar sempre
Mas nunca está no mesmo lugar
A ordem se inverte....

Dá para entender
Tal canto eterno?
Nem o relógio entende...
Só pode perpassar por si

E um dia acabar assim:
Passando, pois o tempo passa
E nós como massa
Só podemos passar, per-postos
Transpostos em nós mesmos

Podemos andar por aí
Mas nunca saímos do lugar
Mesmo nunca estando em lugar nenhum

O relógio (a voz da experiência)
Pode dizer tal absurdo,
O relógio é dela consequência:
Só podemos passar surdos.

Pela vida, não ouvimos
Não temos ausculta
Não tem som de som passando
Não tem tempo

O tempo só existe porque passamos
Porque as coisas passam
Porque ele é passando
E nós mergulhados nele....

Silva, Rodrigo Barbosa.

domingo, 6 de setembro de 2009

Poemas diversos: Linguagem

Linguagem

Não consigo fazer nada!
Consi-do¹?
Ritmo? Métrica? Rima?
So what?

O que é linguagem?
Di-ferença?
Tento... Re-tento... Des-tento...
And now?

As possibilidades!
Consi-do?
Só música! Mus! Ica!
Whi?

É fato inóspito, sem-lugar?
Que canção diria?
Que falar de um dia..
Seria tão irreversível?

A ponto de manter
A ponto de bater
A ponto de ser pobre

Tal como essa rima – prima
Da obra, de mim, do poema
Do ritmo de cima, de baixo
Do lado, do outro de nós

Linguagem não subjuga
Nem é subjugada
Não muda
Não é dada!

Simplesmente é por ela
A linguagem fala
Por isso é!

This? That?
No! Are only!
Como este ponto final.
Silva, Rodrigo Barbosa
Legenda:
1- Consi-do: Junção de “conseguir” ( em português ) e “do”( em inglês ).

Poemas diversos: A ti também



A ti também


A ti também, meu bem
Meus versos perto de ti até se calam...
A ti também, meu bem
Pois como bons perfumes em ti exalam
tua beleza
A ti meu bem, seus olhares anunciam
Por isso, a ti meu bem
Deixo meu grande abraço

Pra que poetar se já tenho
Diante de mim um poema perfeito?
Fala, canta, ressoa
E ainda possui formas inefáveis
De tão belas.

Mas comentários à parte
Deixo que você como poesia
Se deixe falar e eu como expectador
Me permita deixar de ser poeta
E calado, me deleitar
em sua manifestação
seu abraço!


Silva, Rodrigo Barbosa.

sábado, 5 de setembro de 2009

Poemas diversos: Sono

Sono

Minhas pálpebras
São o universo
A rasgar minha face

Insistem em cair
Levando consigo minha pele
Fechando os olhos.

Não deixo de ver
Vejo muito mais
- As lembranças ...
Se fazem assaz...

Momentos, pensamentos...
Alardes dissonantes
De provável sonho

Não existe escuridão
Somente a turva visão
Desalmada de mim
Mais um não do que sim

Rápido, o olhar se coloca
De novo, e de novo
[ou de velho?]
De pé, aqui, na fé...

Acreditar...

Realismo? Egoísmo
de lúcida mente?
Ilusão de viver
dessa gente?

A resposta de ser?
Simplesmente amar.
Onde está o sem-fim?
Derramado no ar...


Silva, Rodrigo Barbosa.

domingo, 30 de agosto de 2009

Carta aos "Soldados" Brasileiros

Guerreiros da Silva

Onde mais estarão?
Atordoados em qualquer qualquer?
Onde guerreiros saberão saber?
Esperar é preciso?

Cotidiano: belo plano preferido
Canto qualquer, modinha qualquer
Guerra: Batalhas cruéis...
Por que sempre perdemos?

Necessário, diriam
Um exército, fariam
E fizeram!

É irônico...Areia e caminhão para rodar
Lugar nenhum avistado
E chegam adoidados ao seu destino
Silva, Rodrigo Barbosa.

domingo, 23 de agosto de 2009

Série de Poemas: PARANÓIA(II)

PARANÓIA(II)

Calçadas amparadas
Tossiram um segredo
Um nada foi revelado
Extinguiu-se todo o medo

Latindo, o que pia falou
Saindo, o sussurro perturbou
Onde está 0 alento
Que nos olha a tempos?

Nos persegue em percalços
Nossos simples olhares.
Nos destrói os nossos passos
Em singelos pesares.

Como pode ser inconspícuo
Falando, gritando,ambíguo...
Em nossas cabeças baixas?
Medrosos, escondemos nossas caixas.

Absurdo comungador, falência...
Que nos corrói, e presos somos...
Em nós mesmos. Mecânicos. Demência!
Demência nossa. Aonde vamos?

Vamos sussurrar paciência
Cheirar abismo longícuo
da Paz inexistente, pobres?
Ou olhar a frente, iluminar os cantos
e despertar mentes dormentes?
Silva, Rodrigo Barbosa.

2° Enigma da Noite


2° Enigma da Noite

Derrepente, o que é luz se desfaz
E o Sol nos abandona, lentamente
E eu aqui, em lugar nenhum
Tentando chegar a um nada

Até que numa decisão arriscada e fugaz
Decidimos enfrentar a estrada cheia de gente
Podemos sentir o vazio que é andar a um lugar-comum
Acompanhando o dramático roubo da luz que nos é dada.

Por isso como a luz que se finda
Pessoas desaparecem
Participamos de uma corrida que nunca é bem vinda

Então corremos, corremos, corremos
E corremos novamente
E num maçante desencontro
Nos perdemos de nós mesmos andando...
Silva, Rodrigo Barbosa.

PARANÓIA(zero)

Quarentena

O mal pode estar
Em qualquer lugar
No poste, calçada, cadeira
Mãos, aparelhos, videira

O mal pode estar
Em qualquer lugar
Lugar em qualquer estar
Pode o mal ser o lugar

A videira dá frutos
Os frutos são colhidos
Aparelhos são astutos
Em mãos dos bem servidos

Bem servidos sentados à mesa
Numa simples cadeira
Varejo em calçada

Onde está o cão-certeza
Bem vivida brincadeira
Sortilégio à morada

Do poste profundo
Cortado ao mundo
Do espaço sem-fundo.

Pode estar sendo o lugar
O mal sendo pode
Qualquer andar, sorrir, chorar
O mal sendo pode

Escolher não ser escolhido
Escolher qualquer poste,
Cadeira, mãos, aparelhos,
videira, saúde; Silêncio!
Silva, Rodrigo Barbosa.

Esse poderia ser o quarto poema da série paranóia que estou desenvolvendo no papel, juntamente com os enígmas, cartas, textos e surpresas poéticas. Mas é um poema à parte da minha coleção e o título se encaixa melhor na ocasião da escrita do mesmo (ritmos, pensamentos, etc...), posso classificá-lo como devaneio do pensar cotidiano, talvez seja considerado poema de papel... quem sabe... Sem mais digressões, digo que este é especial, pois retrata o que nós(Paranóicos) vivemos em sociedade com essa gripe(A H1N1), e de forma abrangente pode destrinchar todas as paranóicas modinhas que aparecerem, ou que já existem. Essa foi a idéia principal, mas o poema já tem pernas e anda por si próprio e pode chegar aos mais longícuos pontos. Parece ser uma característica minha: ver um ponto partir dele, desenvolver, e não chegar a lugar nenhum, ou seja, não ter objetivo nem fim, mas chegar ao mistério e suas fantásticas manifestações...

Abraços!

Segundo soneto

O Senhor das Mulheres

Caminha nas ruas
Vislumbra belezas
Encontra a verdade
Desvenda as princesas

Seu olhar são suas mãos
A despir belas moças
Onde há um pesar
Elas são suas forças

Céu azul, tanta vaidade
Raios de Sol a iluminar
Os cantos todos

Espasmos plásticos, saudade
Facetas, façanhas, um lar...
Orgasmos soltos.

Silva, Rodrigo Barbosa.

É... só posso me surpreender com a inspiração que o meu irmão me proporciona ( calma! Não pense que ele é a musa deste poema, ou o Senhor das Mulheres, pode até ser, mas eu duvido muito ). Num belo dia ensolarado e ele me manda a seguinte frase: " Num dia de Sol, as mulheres são os raios solares, mas mesmo se chover, estarei feliz por ter em gotas tais 'plenitudes' da beleza..."., (claro que aumentei um pouco, mas foi algo assim...) frase esta digna de um poema não é? Aí veio minha ironia e brincadeira com este poema.

(rsrs)Bom deleite ou desastre poético!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Uma experiência inconpreensível...

Cemitério

Marasmos tomam conta
Não entendo nada
Já não estou aqui
Mas definho em lágrimas

O segredo ninguém conta
Ninguém sabe nada
Somente choram aqui
Se banhando em suas lágrimas

Quando isso acaba?
A que fim tenderemos?
Onde mais estaremos?

O silêncio não dá conta
Tudo que falo é nada
Não estando aqui
Somente dizem as lágrimas

Nossos restos, cada verme conta
Prontos a nos levar a um nada
A espera de nós, aqui
A nos tirar de nossas lágrimas

Com isso nem o verme conta:
Já somos nada
Mesmo estando aqui
Imersos em lágrimas

Onde estás, proteção?
Será que vivemos?
O que é a morte?

Vou silenciar em mente tonta
A terei sustentada
E a levarei daqui
Corroendo em minhas lástimas
Silva, Rodrigo Barbosa.

Esse poema surgiu num dia de ocasião não muito boa. Foi conseqüência de uma conversa que eu tive com meu irmão, foi nesse dia que pude ver quem ele era, pude ver os sentimentos dele aflorarem de forma incrível, as dúvidas fluírem de forma tão inocentes e verdadeiras, senti muita coisa que nunca havia sentido e com certeza ele também sentiu as mesmas coisas ou algo parecido. Acima de tudo o amor reinou, isso foi bom, não a tristeza. Mesmo que a compreesnão tenha sido jogada ao léu pelo momento em que estávamos.

Abraço a todos!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Frases, simplesmente:

Um dia qualquer
"Não importa se é um Tufão ou Ventania ou Brisa. Tanto faz. Tudo isso faz parte de uma só coisa."
Frase de Rodrigo

Dia 11 de agosto de 2009
"Umas palavras "poucas" fazem pouco daqui, mas são felizes pois nomeiam!"

Frase de Rodrigo

Dia 12 de agosto de 2009

"Espuma numa superfície não significa limpeza na mesma"
Frase de Rodrigo

Dia 24 de agosto de 2009
"Uma idéia quando nasce, se esparrama pelo chão"
Frase de Joana
Dia 25 de agosto de 2009
"Toda seleção requer uma exclusão"
Frase de uma Aula "qualquer"

Dia 29 de agosto de 2009
"Inspiração: Não-frases, frases e suas fases rumo ao infinito do pensar"
Frase de Rodrigo

Dia 30 de agosto de 2009
"O tempo não pode apagar o brilho das estrelas..."
Frase de Priscila Silva

Dia 02 de setembro de 2009
"Idiotice: Qualquer coincidência é mera semelhança..."
Frase de Rodrigo

Dia 05 de setembro de 2009
"As máscaras se fazem desperdício em morada dos sóbrios."
Frase de Rodrigo


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Primeiro Soneto

Soneto da pipa: O selo!

Belo desenho das pipas no céu
Desenhos em si, bruta perfeição
Linha, bambu, arte, sonho, papel
Voando em ar de imaginação

Quem me dera ter essa liberdade
Voar, voar sem me queixar da da vida
Um sonho liberado à saudade
À questão simples, à qualquer saída

Esse multi-silente movimento
Nos atrai ao infinito azulado
De nós mesmo vistos noutro momento

Um espelho estelar múltiplo e singelo
Que revelando outra faceta nossa
Nos mergulha em vigentes campos belos.
Silva, Rodrigo Barbosa.

Série de Poemas: PARANÓIA(I)

Este é o primeiro poema dá série de poemas: PARANÓIA. Nestes poemas retrato os enclaves fortificados (prisões) que vivemos na sociedade, tendo como principal foco um segredo.
Pergunto-lhes: Seria o medo? Nós? Os olhares dos outros? O próprio oculto? Ou nenhum dos anteriores ( se for, diga qual )?
Descubram e comentem qual a opinião de vocês...

Que comecem os jogos!


PARANÓIA (I)

Andamos loucos pela estrada,
Com medo, de tudo
Ouvimos vozes sorrateiras,
Maldosas, e cruéis.

Olhamos para trás,
Não vemos. Um nada!
Queremos correr e...
Correr, e correr, e andamos.

Muda Paranóia,
Nos ouve, mas não fala
Se cala diante de tanta...
Expressão de suor nas mãos, ... geladas

Verdade ... Sentimos mentira
E temos medo dela, cad-ela!
Porque devemos desvairar lucidez
Num deserto esperto e certeiro?

E pior! Temos medos de nós!
De nós mesmo! O que faremos?
...
Nada? Por isso temos medo.
E os nossos marasmos?
São nada também?

Que se acerque toda vaidade
Diante da ternura e se ajoelhe
Que todo medo se desespere diante da...
Força, raiz de nossos corações.
Silva, Rodrigo Barbosa.

Poema: Um relato pós almoço...

Descanso

Acabei de comer
Ainda estou com fome
Existe a laranja a ver
O seu fim no horizonte

Ritmos embalados
Por minha boca
Devoram os pedaços, coitados...
Açoites celulares

As unidades liqüefeitas
Descansam no estômago
E no meu repouso
Meu pensar as digere

Pedacinhos amarelo-laranja
Agora suco gástrico
Uréia do pâncreas
Saindo em urina

Já sinto a sonoridade
Do silêncio estomacal
As paredes remoendo
Os alimentos na helicoidal

Promessa entre fezes
Esperança em energia
E força em reserva
Silva, Rodrigo Barbosa

domingo, 9 de agosto de 2009

Quem sou eu?

Poeta(I)

Poeta,
Sou,
Calado.

De palavras
Que falam.

Reles
Navegador
poemático

De incrédulas
sapiências.

Mero
Observador
Do inobservável.

De um nada
observado.

Simples
Paz
Interior

De rara calma,
Embriaguez dilacerada.

Como
Ser
Não sendo?

De tal poesia
Harmonia falante?

Sou,
Calado,
Um poeta.

De tristes
ilusões.

Verdades
Vaidades
Paixões.

De um espanto
espantoso por si

O calado
Falado
insistiu.

De engano abastado
Quando o choro partiu.

Se o falar
fosse
ouvido...

De norte ao sul
Em todas as direções.

Chegaria,
ao tudo
esvaziado.

De quê
Saudoso poeta?

Um calado,
poeta
Sou

De poeta escravo
do chamado, que voa.

Ao infinito,
Poeta
Que vai...

De tudo
Ao nada completo.

Ninfa
Do falar
Tu és.

De canto inefável,
Inspiração.

Broto
Saído
Em falso.

De arrepio
Lacrimejado.

Feliz,
Sou
Calado

De ausculta
Que sente, sentindo.

Do final
Que se finda saindo.
Silva, Rodrigo Barbosa.

1° Enígma da Noite


Diante da tão temida noite nos deparamos em vários momentos que refletimos a respeito da relação nossa com toda conformidade que a vida nos abriga em escuridão profunda e inversamente radical em dualidade noite-dia, e com isso estendemos nosso pensar e chegamos próximos dessas palavras que os poemas velam...

1º Enigma da noite

Derrepente, surgiu no céu a lua
Entre nuvens do esquecimento
E eu aqui, andando na rua
Despindo-a em ladrilhos que invento


Já posso ouvir um tilintar breve

De meus passos vazios e ocos
Um silêncio vem dilacerar o que penso
E jaz num ilustre penar tenso

Tal alternação entre o falar de meus passos

E o nada silencioso aos olhares que desfaço

Permitem que eu seja receoso.

A lua me acompanha em suave solidão

Já nem me deixo ser constante
Só não sei se andando ainda piso neste chão
Mas sei que olhando à frente chego em casa num instante.


Silva, Rodrigo Barbosa.

Pare de escrever!: O POEMA

Pare de escrever:
As palavras fogem da mente...
Pare de escrever:
... Se descontraem com a gente...
Pare de escrever:
...E se armam até os dentes.

Pare de escrever!
- Será que vão parar?

Pare de escrever!
Roubam as asas do intelecto...
Pare de escrever:
... Ganham vôo de desejo predileto...
Pare de escrever:
... Se espatifam em um dizer completo.

Pare de escrever!
- Se esvaziou de ar rarefeito?

Pare de escrever:
Palavras repudiam o pensar celeste...
Pare de escrever:
E desnorteiam o cantar campestre
Pare de escrever:
Ainda desafiam o monte Everest.

Pare de escrever!
Será que vou parar de NÃO escrever?

Pare de escrever:
Tais palavras invadem profundas alturas
Pare de escrever:
De um pensar de absoluta loucura
Pare de escrever:
E adentra tão lamentada bravura.

Pare de escrever!
Findou tal poeticidade?

Pare de escrever:
Palavras até fogem de mim
Pare de escrever:
E se ilimitam no pensamento
Pare de escrever:
Exclamam um sussurro, um sim
Pare de escrever:
E sorrateiras, se lançam ao vento

Pare de escrever:
Ainda continuarei não escrevendo?
Silva, Rodrigo Barbosa

Pare de escrever!: A descrição do Blog!

Se você veio aqui com esse intuito, é... talvez você consiga, eu continuo des-tentando por isso este blog está aqui como brotamento de si como desvelar da realidade virtual que nós como sociedade vivemos e de meu pensar inconspícuo, derradeiro e brutal.
Seja bem vindo, permito que meus desvarios aqui se façam presentes para que possas se deleitar, ou para que desistas de escrever e para que escrevas por isso.
Boa Leitura!