domingo, 23 de agosto de 2009

Série de Poemas: PARANÓIA(II)

PARANÓIA(II)

Calçadas amparadas
Tossiram um segredo
Um nada foi revelado
Extinguiu-se todo o medo

Latindo, o que pia falou
Saindo, o sussurro perturbou
Onde está 0 alento
Que nos olha a tempos?

Nos persegue em percalços
Nossos simples olhares.
Nos destrói os nossos passos
Em singelos pesares.

Como pode ser inconspícuo
Falando, gritando,ambíguo...
Em nossas cabeças baixas?
Medrosos, escondemos nossas caixas.

Absurdo comungador, falência...
Que nos corrói, e presos somos...
Em nós mesmos. Mecânicos. Demência!
Demência nossa. Aonde vamos?

Vamos sussurrar paciência
Cheirar abismo longícuo
da Paz inexistente, pobres?
Ou olhar a frente, iluminar os cantos
e despertar mentes dormentes?
Silva, Rodrigo Barbosa.

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