sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Continuando a parar de não escrever...


Esse é o Soneto Sem Rima (e por isso não é um soneto) de...

Gente que passa por abstrato substrato de vergonha,
A desinência estática do abismo ensimesma-se nelas,
As mãos paradas enervam-se com o movimento dos dias
E o som estridente dos passos contam a história vazia:

"A sala de estar já se tornou um devaneio de loucos,
Uma sala de aula para os aprendizes do passageiro
Que gasta dinheiro com a perdição para os famintos,
Ao ser conduzido pela via da esperança mórbida e vil

Naquilo que passa sem marcas e se perde no tempo febril
Das vozes amedrontadas que não perguntam ao professor
De onde vem aquela fórmula [mágica] do movimento pendular."

Quem sabe ouçamos os gritos dos escritores deste conto
Delineado nas folhas do dia a dia por aí dizendo: "Pronto."
E alguém chegue pra escrever outra memória começando por: BASTA!

Rodrigo Barbosa Silva