domingo, 9 de agosto de 2009

1° Enígma da Noite


Diante da tão temida noite nos deparamos em vários momentos que refletimos a respeito da relação nossa com toda conformidade que a vida nos abriga em escuridão profunda e inversamente radical em dualidade noite-dia, e com isso estendemos nosso pensar e chegamos próximos dessas palavras que os poemas velam...

1º Enigma da noite

Derrepente, surgiu no céu a lua
Entre nuvens do esquecimento
E eu aqui, andando na rua
Despindo-a em ladrilhos que invento


Já posso ouvir um tilintar breve

De meus passos vazios e ocos
Um silêncio vem dilacerar o que penso
E jaz num ilustre penar tenso

Tal alternação entre o falar de meus passos

E o nada silencioso aos olhares que desfaço

Permitem que eu seja receoso.

A lua me acompanha em suave solidão

Já nem me deixo ser constante
Só não sei se andando ainda piso neste chão
Mas sei que olhando à frente chego em casa num instante.


Silva, Rodrigo Barbosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário