domingo, 30 de agosto de 2009

Carta aos "Soldados" Brasileiros

Guerreiros da Silva

Onde mais estarão?
Atordoados em qualquer qualquer?
Onde guerreiros saberão saber?
Esperar é preciso?

Cotidiano: belo plano preferido
Canto qualquer, modinha qualquer
Guerra: Batalhas cruéis...
Por que sempre perdemos?

Necessário, diriam
Um exército, fariam
E fizeram!

É irônico...Areia e caminhão para rodar
Lugar nenhum avistado
E chegam adoidados ao seu destino
Silva, Rodrigo Barbosa.

domingo, 23 de agosto de 2009

Série de Poemas: PARANÓIA(II)

PARANÓIA(II)

Calçadas amparadas
Tossiram um segredo
Um nada foi revelado
Extinguiu-se todo o medo

Latindo, o que pia falou
Saindo, o sussurro perturbou
Onde está 0 alento
Que nos olha a tempos?

Nos persegue em percalços
Nossos simples olhares.
Nos destrói os nossos passos
Em singelos pesares.

Como pode ser inconspícuo
Falando, gritando,ambíguo...
Em nossas cabeças baixas?
Medrosos, escondemos nossas caixas.

Absurdo comungador, falência...
Que nos corrói, e presos somos...
Em nós mesmos. Mecânicos. Demência!
Demência nossa. Aonde vamos?

Vamos sussurrar paciência
Cheirar abismo longícuo
da Paz inexistente, pobres?
Ou olhar a frente, iluminar os cantos
e despertar mentes dormentes?
Silva, Rodrigo Barbosa.

2° Enigma da Noite


2° Enigma da Noite

Derrepente, o que é luz se desfaz
E o Sol nos abandona, lentamente
E eu aqui, em lugar nenhum
Tentando chegar a um nada

Até que numa decisão arriscada e fugaz
Decidimos enfrentar a estrada cheia de gente
Podemos sentir o vazio que é andar a um lugar-comum
Acompanhando o dramático roubo da luz que nos é dada.

Por isso como a luz que se finda
Pessoas desaparecem
Participamos de uma corrida que nunca é bem vinda

Então corremos, corremos, corremos
E corremos novamente
E num maçante desencontro
Nos perdemos de nós mesmos andando...
Silva, Rodrigo Barbosa.

PARANÓIA(zero)

Quarentena

O mal pode estar
Em qualquer lugar
No poste, calçada, cadeira
Mãos, aparelhos, videira

O mal pode estar
Em qualquer lugar
Lugar em qualquer estar
Pode o mal ser o lugar

A videira dá frutos
Os frutos são colhidos
Aparelhos são astutos
Em mãos dos bem servidos

Bem servidos sentados à mesa
Numa simples cadeira
Varejo em calçada

Onde está o cão-certeza
Bem vivida brincadeira
Sortilégio à morada

Do poste profundo
Cortado ao mundo
Do espaço sem-fundo.

Pode estar sendo o lugar
O mal sendo pode
Qualquer andar, sorrir, chorar
O mal sendo pode

Escolher não ser escolhido
Escolher qualquer poste,
Cadeira, mãos, aparelhos,
videira, saúde; Silêncio!
Silva, Rodrigo Barbosa.

Esse poderia ser o quarto poema da série paranóia que estou desenvolvendo no papel, juntamente com os enígmas, cartas, textos e surpresas poéticas. Mas é um poema à parte da minha coleção e o título se encaixa melhor na ocasião da escrita do mesmo (ritmos, pensamentos, etc...), posso classificá-lo como devaneio do pensar cotidiano, talvez seja considerado poema de papel... quem sabe... Sem mais digressões, digo que este é especial, pois retrata o que nós(Paranóicos) vivemos em sociedade com essa gripe(A H1N1), e de forma abrangente pode destrinchar todas as paranóicas modinhas que aparecerem, ou que já existem. Essa foi a idéia principal, mas o poema já tem pernas e anda por si próprio e pode chegar aos mais longícuos pontos. Parece ser uma característica minha: ver um ponto partir dele, desenvolver, e não chegar a lugar nenhum, ou seja, não ter objetivo nem fim, mas chegar ao mistério e suas fantásticas manifestações...

Abraços!

Segundo soneto

O Senhor das Mulheres

Caminha nas ruas
Vislumbra belezas
Encontra a verdade
Desvenda as princesas

Seu olhar são suas mãos
A despir belas moças
Onde há um pesar
Elas são suas forças

Céu azul, tanta vaidade
Raios de Sol a iluminar
Os cantos todos

Espasmos plásticos, saudade
Facetas, façanhas, um lar...
Orgasmos soltos.

Silva, Rodrigo Barbosa.

É... só posso me surpreender com a inspiração que o meu irmão me proporciona ( calma! Não pense que ele é a musa deste poema, ou o Senhor das Mulheres, pode até ser, mas eu duvido muito ). Num belo dia ensolarado e ele me manda a seguinte frase: " Num dia de Sol, as mulheres são os raios solares, mas mesmo se chover, estarei feliz por ter em gotas tais 'plenitudes' da beleza..."., (claro que aumentei um pouco, mas foi algo assim...) frase esta digna de um poema não é? Aí veio minha ironia e brincadeira com este poema.

(rsrs)Bom deleite ou desastre poético!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Uma experiência inconpreensível...

Cemitério

Marasmos tomam conta
Não entendo nada
Já não estou aqui
Mas definho em lágrimas

O segredo ninguém conta
Ninguém sabe nada
Somente choram aqui
Se banhando em suas lágrimas

Quando isso acaba?
A que fim tenderemos?
Onde mais estaremos?

O silêncio não dá conta
Tudo que falo é nada
Não estando aqui
Somente dizem as lágrimas

Nossos restos, cada verme conta
Prontos a nos levar a um nada
A espera de nós, aqui
A nos tirar de nossas lágrimas

Com isso nem o verme conta:
Já somos nada
Mesmo estando aqui
Imersos em lágrimas

Onde estás, proteção?
Será que vivemos?
O que é a morte?

Vou silenciar em mente tonta
A terei sustentada
E a levarei daqui
Corroendo em minhas lástimas
Silva, Rodrigo Barbosa.

Esse poema surgiu num dia de ocasião não muito boa. Foi conseqüência de uma conversa que eu tive com meu irmão, foi nesse dia que pude ver quem ele era, pude ver os sentimentos dele aflorarem de forma incrível, as dúvidas fluírem de forma tão inocentes e verdadeiras, senti muita coisa que nunca havia sentido e com certeza ele também sentiu as mesmas coisas ou algo parecido. Acima de tudo o amor reinou, isso foi bom, não a tristeza. Mesmo que a compreesnão tenha sido jogada ao léu pelo momento em que estávamos.

Abraço a todos!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Frases, simplesmente:

Um dia qualquer
"Não importa se é um Tufão ou Ventania ou Brisa. Tanto faz. Tudo isso faz parte de uma só coisa."
Frase de Rodrigo

Dia 11 de agosto de 2009
"Umas palavras "poucas" fazem pouco daqui, mas são felizes pois nomeiam!"

Frase de Rodrigo

Dia 12 de agosto de 2009

"Espuma numa superfície não significa limpeza na mesma"
Frase de Rodrigo

Dia 24 de agosto de 2009
"Uma idéia quando nasce, se esparrama pelo chão"
Frase de Joana
Dia 25 de agosto de 2009
"Toda seleção requer uma exclusão"
Frase de uma Aula "qualquer"

Dia 29 de agosto de 2009
"Inspiração: Não-frases, frases e suas fases rumo ao infinito do pensar"
Frase de Rodrigo

Dia 30 de agosto de 2009
"O tempo não pode apagar o brilho das estrelas..."
Frase de Priscila Silva

Dia 02 de setembro de 2009
"Idiotice: Qualquer coincidência é mera semelhança..."
Frase de Rodrigo

Dia 05 de setembro de 2009
"As máscaras se fazem desperdício em morada dos sóbrios."
Frase de Rodrigo


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Primeiro Soneto

Soneto da pipa: O selo!

Belo desenho das pipas no céu
Desenhos em si, bruta perfeição
Linha, bambu, arte, sonho, papel
Voando em ar de imaginação

Quem me dera ter essa liberdade
Voar, voar sem me queixar da da vida
Um sonho liberado à saudade
À questão simples, à qualquer saída

Esse multi-silente movimento
Nos atrai ao infinito azulado
De nós mesmo vistos noutro momento

Um espelho estelar múltiplo e singelo
Que revelando outra faceta nossa
Nos mergulha em vigentes campos belos.
Silva, Rodrigo Barbosa.

Série de Poemas: PARANÓIA(I)

Este é o primeiro poema dá série de poemas: PARANÓIA. Nestes poemas retrato os enclaves fortificados (prisões) que vivemos na sociedade, tendo como principal foco um segredo.
Pergunto-lhes: Seria o medo? Nós? Os olhares dos outros? O próprio oculto? Ou nenhum dos anteriores ( se for, diga qual )?
Descubram e comentem qual a opinião de vocês...

Que comecem os jogos!


PARANÓIA (I)

Andamos loucos pela estrada,
Com medo, de tudo
Ouvimos vozes sorrateiras,
Maldosas, e cruéis.

Olhamos para trás,
Não vemos. Um nada!
Queremos correr e...
Correr, e correr, e andamos.

Muda Paranóia,
Nos ouve, mas não fala
Se cala diante de tanta...
Expressão de suor nas mãos, ... geladas

Verdade ... Sentimos mentira
E temos medo dela, cad-ela!
Porque devemos desvairar lucidez
Num deserto esperto e certeiro?

E pior! Temos medos de nós!
De nós mesmo! O que faremos?
...
Nada? Por isso temos medo.
E os nossos marasmos?
São nada também?

Que se acerque toda vaidade
Diante da ternura e se ajoelhe
Que todo medo se desespere diante da...
Força, raiz de nossos corações.
Silva, Rodrigo Barbosa.

Poema: Um relato pós almoço...

Descanso

Acabei de comer
Ainda estou com fome
Existe a laranja a ver
O seu fim no horizonte

Ritmos embalados
Por minha boca
Devoram os pedaços, coitados...
Açoites celulares

As unidades liqüefeitas
Descansam no estômago
E no meu repouso
Meu pensar as digere

Pedacinhos amarelo-laranja
Agora suco gástrico
Uréia do pâncreas
Saindo em urina

Já sinto a sonoridade
Do silêncio estomacal
As paredes remoendo
Os alimentos na helicoidal

Promessa entre fezes
Esperança em energia
E força em reserva
Silva, Rodrigo Barbosa

domingo, 9 de agosto de 2009

Quem sou eu?

Poeta(I)

Poeta,
Sou,
Calado.

De palavras
Que falam.

Reles
Navegador
poemático

De incrédulas
sapiências.

Mero
Observador
Do inobservável.

De um nada
observado.

Simples
Paz
Interior

De rara calma,
Embriaguez dilacerada.

Como
Ser
Não sendo?

De tal poesia
Harmonia falante?

Sou,
Calado,
Um poeta.

De tristes
ilusões.

Verdades
Vaidades
Paixões.

De um espanto
espantoso por si

O calado
Falado
insistiu.

De engano abastado
Quando o choro partiu.

Se o falar
fosse
ouvido...

De norte ao sul
Em todas as direções.

Chegaria,
ao tudo
esvaziado.

De quê
Saudoso poeta?

Um calado,
poeta
Sou

De poeta escravo
do chamado, que voa.

Ao infinito,
Poeta
Que vai...

De tudo
Ao nada completo.

Ninfa
Do falar
Tu és.

De canto inefável,
Inspiração.

Broto
Saído
Em falso.

De arrepio
Lacrimejado.

Feliz,
Sou
Calado

De ausculta
Que sente, sentindo.

Do final
Que se finda saindo.
Silva, Rodrigo Barbosa.

1° Enígma da Noite


Diante da tão temida noite nos deparamos em vários momentos que refletimos a respeito da relação nossa com toda conformidade que a vida nos abriga em escuridão profunda e inversamente radical em dualidade noite-dia, e com isso estendemos nosso pensar e chegamos próximos dessas palavras que os poemas velam...

1º Enigma da noite

Derrepente, surgiu no céu a lua
Entre nuvens do esquecimento
E eu aqui, andando na rua
Despindo-a em ladrilhos que invento


Já posso ouvir um tilintar breve

De meus passos vazios e ocos
Um silêncio vem dilacerar o que penso
E jaz num ilustre penar tenso

Tal alternação entre o falar de meus passos

E o nada silencioso aos olhares que desfaço

Permitem que eu seja receoso.

A lua me acompanha em suave solidão

Já nem me deixo ser constante
Só não sei se andando ainda piso neste chão
Mas sei que olhando à frente chego em casa num instante.


Silva, Rodrigo Barbosa.

Pare de escrever!: O POEMA

Pare de escrever:
As palavras fogem da mente...
Pare de escrever:
... Se descontraem com a gente...
Pare de escrever:
...E se armam até os dentes.

Pare de escrever!
- Será que vão parar?

Pare de escrever!
Roubam as asas do intelecto...
Pare de escrever:
... Ganham vôo de desejo predileto...
Pare de escrever:
... Se espatifam em um dizer completo.

Pare de escrever!
- Se esvaziou de ar rarefeito?

Pare de escrever:
Palavras repudiam o pensar celeste...
Pare de escrever:
E desnorteiam o cantar campestre
Pare de escrever:
Ainda desafiam o monte Everest.

Pare de escrever!
Será que vou parar de NÃO escrever?

Pare de escrever:
Tais palavras invadem profundas alturas
Pare de escrever:
De um pensar de absoluta loucura
Pare de escrever:
E adentra tão lamentada bravura.

Pare de escrever!
Findou tal poeticidade?

Pare de escrever:
Palavras até fogem de mim
Pare de escrever:
E se ilimitam no pensamento
Pare de escrever:
Exclamam um sussurro, um sim
Pare de escrever:
E sorrateiras, se lançam ao vento

Pare de escrever:
Ainda continuarei não escrevendo?
Silva, Rodrigo Barbosa

Pare de escrever!: A descrição do Blog!

Se você veio aqui com esse intuito, é... talvez você consiga, eu continuo des-tentando por isso este blog está aqui como brotamento de si como desvelar da realidade virtual que nós como sociedade vivemos e de meu pensar inconspícuo, derradeiro e brutal.
Seja bem vindo, permito que meus desvarios aqui se façam presentes para que possas se deleitar, ou para que desistas de escrever e para que escrevas por isso.
Boa Leitura!