Não há resposta que possa ser dita ou pensada
Só o silêncio diz e o seu dito é misterioso e selado
Que aluno gostaria de escrever suas linhas assadas?
Isso mesmo! Churrasquinho de letras e linhas...
Festas, músicas, gritos, bebedeiras poemáticas...
Embriagues abismática, gente doida endoidecendo
Risos, choros, ranger de dentes, frio, calor e rimas
Ante a tudo isso o escultor desenha seus códigos
Musas eternas e caladas são descobertas sensuais
Enquanto muitos querem dizer seus cantos pródigos
Há outros escondidos em suas palavras torpes
"Sem" dizer nada ele [o silêncio] grita surdo:
"Nada! Nada! Nada! Nada! Nada! Nada! Nada!"
Como? Pode ser tão abusado e perturbador?
O escultor quer falar, mas sem culpa não diz:
Nada! Nada! Nada! Nada! Nada! Nada! Nada!
Neste âmago do desespero desperta o poeta
Poente súbito de ideias nascentes e veladas
Ao mais fundo abismo revelador do absurdo
Num sem fim fantasma felino, fugaz e funesto.
E mesmo assim emergir na vitalícia construção
Que esculpe o sem sentido mais sentido do mundo
Só por sentir em exagero
Só por falar com teimosia
Só por calar o desespero
Só por viver apesar de tudo
Só por ser parte da poesia.
Rodrigo Barbosa Silva
Caraca! Se muitas pessoas compreendessem a magnitude deste poema o devorariam!
ResponderExcluirLindo!
rsrs
ResponderExcluirEntão divulgue! Vou divulgar mais no meu orkut em breve, rs
Brigado!
"Como? Pode ser tão abusado e perturbador?"
ResponderExcluirÉ o que me pergunto sempre. Incrível a ideia de programar o silêncio, embora infelizmente impossível. O silêncio é mesmo intrigante, uma das poucas coisas que podem ser leves e belas ou cruéis e tristes, feias, apesar de tão parecidas, o mesmo, na verdade. Meio, como diferenciar o silêncio confortável, agradável, gostoso do desolador e angustiante? É só sentindo mesmo. E o poeta que esculpindo os "sem sentido" sempre corre atrás desses problemas impossíveis de serem resolvidos.
Muito bonito poema, gostei mesmo.
Gostei mais ainda do seu comentário!
ExcluirQuando que vai sair o café literário?
Espero que chegue logo esse dia...
Quando vamos nos embebedar de poesia?
QUe façamos isso juntos! E logo!